ACOMPANHEM O MEU PROJECTO 365 E OPINEM

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Soltar a corrente 27022009

20:50 - Chegada ao estúdio
20:55 - Microfones testados, músicas a postos, promocional pronto a entrar
21:00 - Sinal horário, separadores e publicidade
21:02 - Estamos no ar

Não podia deixar de comentar o programa de hoje.
Até nem correu mal.
A entrevista no estúdio foi flúida.
O João cada dia mais descontraído conduziu com o seu génio sem igual.
A Catarina a mais "pró" do grupo, com a boa disposição de quem sai de uma semana cheia e entra num desafogado fim-de-semana.
O Álvaro sempre alegre e irreverente, está cada vez mais à vontade.
Eu até nem deixei o botões desligarem-se e os telefonemas entraram bem.
E por último (porque é aqui que quero chegar) a Sónia com a sua voz doce conduziu-nos a uma realidade perturbadora: sem abrigo ou mais em concreto uma das acções que acontece em Aveiro "Ceia com calor".

Pegando na onda da reflexão do João, quantas vezes passamos indiferentes a esta realidade?
Ver na TV, falar no assunto com frases feitas, é fácil... Mas ver à nossa frente acontecer. Ver um monte de cartão na entrada de um prédio...
"Vai trabalhar!" ou "Estou com pressa, agora não posso!" ou ainda "Para vinho e tabaco tens dinheiro!!" São apenas algumas das expressões (mais simpáticas) que podemos ouvir, ou até dizer...
Quantas vezes eu já me interroguei sobre o que levou aquelas pessoas a chegarem áquele ponto?
Quantas vezes eu já dei alguma coisa com vontade verdadeira e não apenas com vontade de despachar?
Quantas vezes eu já pensei que podia ser eu no lugar dele?
Como em tudo na vida há sempre alguém que se aproveita desta "doença" e se finja "doente", mas também há quem procure a "cura" porque de facto está "doente".
É mais fácil eu fingir que não estão lá...
É mais fácil eu deixar para amanhã...
É mais fácil eu não falar no assunto...
A sociedade ensinou-nos a criar anti-corpos perante estas situações.
E funcionam até ao dia em que os papeis se inverterem...

sábado, 21 de fevereiro de 2009

O Carnaval

Simplesmente não gosto!
Perdoem-me os foliões esta entrada tão directa, mas nestes 30 anos de existência não me lembro de um dia em que tenha gostado do carnaval (nem na escola).

Colocando de lado as várias teorias que se podem encontrar para a origem desta festa, e todos aqueles discursos bonitos sobre crianças mascaradas e soltar a criança dentro de nós, para mim é apenas o dia em que as pessoas "tiram" a máscara e mostram o que de facto são...
Se calhar vai da minha maneira de ser contido no que diz respeito a emoções e expressão de sentimentos... Tento ser no meu dia-a-dia em todo o lado aquilo que de facto sou. Acho que para nos divertirmos (mais ou menos efosivamente - vai de cada um) não tem que haver um dia - corre-se o risco de ser concentrado demais e depois cometem-se excessos.

Pronto há uma coisa que até gosto no carnaval: as obras de arte. Não estou a falar nos corpos semi ou integralmente nús (estes podem-se encontrar todos os dias na tv ou á distância de uns clicks), falo de alguns carros alegóricos que são autênticas obras de arte.

Em todo o caso desejo que quem gosta o festeje mas com conta peso e medida.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Nascidos antes de 1986

Hoje fiz uma "limpeza" à minha caixa de e-mail.
Encontrei este texto que me enviaram em 2oo7 (sabe-se lá quanto tempo andaria já a circular na net, ou se ainda andará). Na altura sorri, claro. Identificava-me perfeitamente até porque vi um número suficiente de vacas serem ordenhadas para saber que o leite não nasce dos pacotes do hipermercado.
Leiam, e sorriam, ou surpreendam-se... Depende do ano em que nasceram.

<< Dá que pensar. De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípio de 80 não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos.
Não tínhamos frascos de medicamento com tampas "à prova de crianças" ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas.
Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.
Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags, viajar à frente era um bónus.
Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem.
Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora.
Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.
Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado, aprendíamos.
Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer. Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso.
Não tínhamos Play Station, X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet. Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos à rua.
Jogávamos ao elástico e à barra e a bola até doía! Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal.
Havia lutas com punhos mas sem sermos processados.
Batíamos às portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.
Íamos a pé para casa dos amigos.
Acreditem ou não, íamos a pé para a escola; não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.
Criávamos jogos com paus e bolas.
Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem, eles estavam do lado da lei. Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre. Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas. Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.
És um deles? Parabéns! Passa esta mensagem a outros que tiveram a sorte de crescer como verdadeiras crianças, antes dos advogados e governos regularem as nossas vidas, "para nosso bem".
Para todos os outros que não têm idade suficiente pensei que gostassem de ler acerca de nós. Isto meus amigos é surpreendentemente medonho ... e talvez ponha um sorriso nos vossos lábios: A maioria dos estudantes que estão nas universidades hoje nasceram em 1986... chamam-se jovens. Nunca ouviram "We Are The World" e "UptownGirl", conhecem de Westlife e não de Billy Joel. Nunca ouviram falar de Rick Astley, Bananarama ou Belinda Carlisle. Para eles sempre houve uma Alemanha e um Vietname. A SIDA sempre existiu. Os CD's sempre existiram. O Michael Jackson sempre foi branco. Para eles o John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que aquele gordo fosse um dia deus da dança. Acreditam que Missão impossível e Anjos de Charlie são filmes do ano passado. Não conseguem imaginar a vida sem computadores. Não acreditam que houve televisão a preto e branco.
Agora vamos ver se estamos a ficar velhos:
1.. Entendes o que está escrito acima e sorris,
2.. Precisas de dormir mais depois de uma noitada.
3.. Os teus amigos estão casados ou a casar,
4.. Surpreende-te ver crianças tão à vontade com computadores,
5.. Abanas a cabeça ao ver adolescentes com telemóveis,
6.. Lembras-te da Gabriela (a primeira vez),
7.. Encontras amigos e falas dos bons velhos tempos,
8.. Vais encaminhar este e mail para outros amigos porque achas que vão gostar. >>

Estaremos a ficar mesmo velhos, ou a Terra está a girar depressa demais?

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Coelhos e Notas

"Imaginem dois coelhos numa cova, de certeza que vão sair coelhinhos, mas se puserem duas notas de cem euros, imaginam que vão sair notas de vinte?" (Francisco Louçã)

Desde já avanço que não quero entrar em politiquices. Esta expressão pode levar muitos rumos, uns mais humorísticos que outros, a mim leva-me à "crise" que estamos a viver.
Não só à crise económica, mas à crise de valores que talvez nos tenha levado a uma crise mais profunda.
Quem sabe se toda esta conjuntura não terá sido a evolução primária de uma crise de valores.
Se calhar há males que vêm por bem. Se calhar...
Quantas vezes andamos a 100 à hora, afogados em tarefas, e não tiramos 10 minutos para olhar a natureza?
Quantas vezes andamos a 100 à hora, perdidos em agendas, e não tiramos 10 minutos para um cafesinho com um amigo?
Quantas vezes andamos a 100 à hora, confusos com os ponteiros do relógio, e não tentamos chegar 10 minutos mais cedo a casa e ligar aos nossos pais?
Quantas vezes andamos a 100 à hora, na confusão do trânsito, e não tentamos chegar 10 minutos mais cedo a casa e dar o beijo de boa noite aos nossos filhos?
Quantas vezes andamos a 100 à hora, ocupados com coisas menos importantes, e não tiramos 10 minutos para entrar numa igreja?
Quantas vezes andamos a 100 à hora, ocupados com agendas que não existem, e não tiramos 10 minutos para estarmos connosco?
Se calhar, no meio da confusão, quando tirarmos 1 minuto para tudo isto, talvez...
talvez já não haja natureza, fruto do crescimento desenfriado
talvez já o amigo não nos conheça, fruto do nosso afastamento
talvez os nossos pais já não consigam dar-nos aquele conselho tão importante
talvez os nossos filhos já tenham saido de casa e nós não vimos os seus sorrisos enquanto brincavam
talvez a igreja que sonhámos fazer crescer já não exista
talvez eu já não me reconheça ao espelho

Por que agendas terá andado a humanidade nos últimos anos? Até quando andará ela ocupada a contar tostões enquanto consome os recursos desenfreadamente sem olhar para trás.
Talvez quando parar 10 minutos para isso, já não haja humanidade, mas um conjunto de máquinas que respiram...

Uma visão infantil, ingénua, primitiva? Talvez...
 

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