ACOMPANHEM O MEU PROJECTO 365 E OPINEM

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O dia seguinte

Já está quase a chegar ao fim o primeiro dia depois dos 30...
Diz-me a experiência pessoal que reagir a quente pode ser perigoso (no passado já reagi a quente perante algumas situações e apanhei valentes queimaduras), por isso...
Esta coisa dos "inta" está aqui entalada na garganta.
JÁ??!!??
Parece que foi ontem que me comecei a aperceber da minha existência!
Por vezes "ando para trás" ou por culpa de um album de fotos, ou por culpa de uma conversa entre amigos, ou por olhar para os "meus meninos" do grupo de jovens (alguns conheci quase quando vieram ao mundo) que hoje entram no mundo do trabalho...
Recuo uns anitos e vejo-me a brincar no pátio enorme da casa onde vivíamos, ou a brincar no monte da areia em frente à casa nova em obras, e algumas vezes a adormecer no meio das brincadeiras...
Recordo as tardes em que a professora primária faltava e a única coisa que havia para ver na televisão (ainda a preto e branco) era a telescola (só mais para o meio da tarde é que "dava" o "Brinca Brincando"...
... Chegar a casa, depois de um forte grito da minha mãe, todo sujo, pois estava a jogar à bola numa terra ao lado com o vizinho...
Tantas e tantas recordações (tenho que escrever um livro com as minhas memórias)!
E sempre o olhar dos meus pais, severos por vezes, mesmo muito severos outras, mas que agradeço hoje, pois essa "severidade" fazía-me crescer, fazía-me ver como as coisas eram...
Trouxeram-me ao mundo e à minha irmã (as histórias que eu tenho com aquela "pestesinha" :) ) Educaram-nos o melhor que poderam e sabiam...
Hoje trabalho no que gosto, casado à espera de um rebento; a minha irmã com o seu curso, a trabalhar e com o seu "mais que tudo"; se temos que abradecer a alguém nunca ter desistido de nós é aos meus pais e Alguém lá em cima que não nos abandona (embora por vezes nos pareça o contrário).
Enfim um "dia seguinte" nostálgico...

terça-feira, 4 de novembro de 2008

E vão trinta...


NOITES EM BRANCO

Mais um poema,
Mais um facto.
Mais um facto que
Um poema.
É uma reflexão profunda
Sobre esta vida terrena...

A busca de respostas,
Respostas simples
Mas concretas.
Uma busca de algo palpável
Idêntico às “descobertas”.

São noites em branco,
À procura do porquê...
Disto,
Daquilo,
De tudo o que se vê...
E de tudo o que não é visto...

A procura de correntes favoráveis,
Neste “cabo das tormentas”...
A procura do caminho sério
Pelo meio de pessoas
Do lucro fácil sedentas...

A pensar, a pensar
Na vida,
No dia-a-dia,
Que passa a uma velocidade desmedida,
E que torna esta vida
“Mais curta que comprida”...

Noites em que me sento
E reflicto,
Em tudo o que me rodeia,
Sobre todos com quem convivo.

E “Noites em Branco”,
Um sonho
Que ao longo do tempo foi despertando, e
No final deste livro,
É sem dúvida
Um sonho realizado...

Noites em branco...
Noites em que me sento e
Escrevo, desabafo, risco no papel
Tudo o que me vai no peito...

(Márcio, 1998-06-10)

E vão trinta… anos desta vida terrena.
Este é um dos poemas que escrevi há alguns anos atrás. Um dos últimos. Retrata um pouco de mim e um pouco da minha saga nos últimos trinta…
 

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