ACOMPANHEM O MEU PROJECTO 365 E OPINEM

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

FL

Faz-te ao Largo… Este Natal não houve, oficialmente, mas aconteceu inconscientemente no coração de cada pessoa que esteve naquele encerramento, no coração de cada pessoa que contribuiu de alguma forma, com alguma coisa, com algum gesto, para a realização do IEJ.
O meu verdadeiro FL começou à uns anos atrás. Depois de ser iniciado na catequese como qualquer criança, por vontade dos pais, a certa altura passei a ir também por vontade própria.
Algumas paixonetas e um namorico mais forte. Até ao 9º ano qualquer coincidência de cruzarmos o olhar com “aquela rapariga”, no momento em que ela está a pestanejar, faz-nos cair num turbilhão de sonhos e voos por campos cheios de flores.
Veio o 3º NN… Que mistura de sentimentos. Trinta e tal putos aos saltos por Albergaria. Foi em 1996 (já??).
Hoje sei, ao vê-la na foto, que aquela que hoje é minha esposa também lá esteve – mas não me lembro de termos sido apresentados…
Mexeu cá dentro. Normalmente só algum tempo depois, durante uma qualquer revisão de vida, tomamos alguma consciência da dimensão do “abanão” que estes encontros nos dão.
O tempo passa (quando se é estudante os dias têm mais horas e os anos têm muito mais dias), e no espaço de dois anos a vontade de me aprofundar nestas “coisas da religião” aparece com uma expressão não antes vista. Começo a trabalhar e após um namoro mais sério a curiosidade pelo mundo celibatário começa a ganhar outra expressão…
O namoro acaba e dá-me uma verdadeira lição de amor…
Num turbilhão de emoções, sentimentos, surge a oportunidade de acalmar as ideias.
Apareceu à minha frente o “Comboio” do CF 738. Parou na minha estação e eu entrei. Em Dezembro de 98 eu entrava no mundo conviva. Se contava aclarar as ideias, mais “confusas” vieram. Foi um recomeço (é sempre, não é?). Muito podia dizer aqui sobre o que se passou lá…
Consegue-se perceber nos olhos de quem faz que alguma coisa aconteceu; consegue-se ouvir nos seus cânticos que alguma coisa mudou; consegue-se sentir quando nos arrepiamos com o que dizem que aquela pessoa está diferente; mas jamais se saberá a felicidade que vai lá dentro… vive-se e sente-se!
Lavagem cerebral? Não!! É apenas e só redescobrir a simplicidade de que sou feito, sem as “máscaras” que tantas vezes me sinto tentado a pôr (e tantas outras ponho mesmo) para enfrentar os outros.
Dizem que “aquilo” depois de um ou dois meses lhes passa. Só depende de mim deixar que este “Sol” se ponha e não volte a nascer.
Veio o meu primeiro Encontro Nacional.
Fui para lá com duas perguntas e encontrei a resposta para uma terceira pergunta que eu não tinha feito e que hoje é minha esposa.
Foi com muita alegria que servi nos CF’s e é com muita alegria que o faço de forma indirecta.
Exemplo? Eu não sou exemplo…
Sempre me preocupei em ter o meu ego num nível controlável, baixinho. Mas a certa altura perante uma conjuntura de um momento menos bom e um “diz que, diz que” descontrolado, perdi o controlo sobre mim e feri pessoas de quem gostava muito… É um dos momentos mais negros da minha vida.
Caí fundo, bem fundo. Ainda hoje bate forte quando me vem à memória tudo isto.
Mas a vida não parou. Um dia de cada vez, fui reconstruindo ”a minha casa”… Não tem os alicerces tão fortes como eu queria, mas aos poucos vou construindo novas colunas com sapatas mais sólidas para sustentar as paredes e o telhado.
Algum tempo passa e sou convidado para um novo projecto – FL.
Daí para cá 3 FL’s, um casamento, duas idas a TZ, uma visita mensal a S. Gonçalinho, e dentro de dias um rebento.
Nos dias que correm todos os momentos são momentos de me fazer ao largo… Aproveitar cada momento desta vida que Ele me deu, com as minhas falhas e com as minha vitórias…
“Faz-te ao largo” é escrever a minha história no caminho que sinto que Ele tem para mim…

Sem comentários:

 

Web Page Hit Counters
Visitas à minha varanda