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segunda-feira, 1 de março de 2010
SONHAR ACORDADO
Era uma tarde de Sol e o alcatrão da pista escaldava e derretia a sola das sapatilhas.
As pessoas aplaudiam e vibravam com o camião da equipa de acrobatas. O automóvel rugia dentro do atrelado. Num ápice a máquina é trazida para o meio da pista, controlada por tão hábil domador. De imediato a besta se envolve em fumo de borracha queimada, tantos são os piões realizados.
O artista leva a máquina até ao fundo da pista. Pé na tábua e o rugido do motor faz-se ouvir do outro lado do monte. A besta é libertada com a 1ª engatada. O combustível rapidamente é bebido pelo motor sedento. O ponteiro vai tocando o vermelho pedindo outra passagem de caixa, outra e mais outra. A velocidade é vertiginosa, ele mal consegue ver a estrada a passar.
E logo chega a rampa e falta o chão debaixo das rodas… A respiração é suspensa… O silêncio da expectativa é quebrado pelos rugidos do motor a pedir mais estrada… O tempo parece parar… Em câmara lenta o hábil domador de carros, leva a máquina a sobrevoar 20 autocarros, em apenas algumas fracções de segundo… O carro finalmente aterra do outro lado! A loucura é geral. O domador não cabe em si de contente… Nem um arranhão!
“-Márcio! Arruma os brinquedos e anda comer!”
Não é desesperante quando nos acordam de um sonho que está a ser tão bom?
E tudo começou numa tarde de Verão. Eu corria pelas terras à volta da casa.
À frente da porta, um monte de areia, restante das obras, fez-me soltar a imaginação.
Olhei à volta em busca de algo. Qualquer bocado de tijolo ou qualquer pauzito, que tivesse uma forma interessante (tipo carro, barco, nave espacial) servia.
Encontrei um pedaço de tijolo partido, e umas pedras quase quadradas.
Com o pedaço de tijolo comecei a escavar uma “estrada” no monte de areia, qual máquina escavadora. Uma grande recta para tomar balanço. No final da recta, uma rampa “sólida” e logo depois uma coluna de autocarros, graças às pedras quadradas. Num instante fui buscar um carro.
Comecei a rodagem. “Realizando” “takes” atrás de “takes” até conseguir a “cena” perfeita para um qualquer filme sonhado enquanto brincava.
-Este filme (O Segredo de Terabítia) fez-me “voar” até aos dias em que um dia tinha bem mais de 48 horas… Vale a pena ver!
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